O Rio de Janeiro é repleto de museus que preservam memórias de momentos e monumentos importantes da nossa história. Um deles é o Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro (MCH) que, com um acervo de cerca de 24 mil peças entre gravuras, litogravuras, aquarelas e objetos variados, conta a história da cidade desde a sua fundação.
Localizado em um palacete no Parque da Cidade, na Gávea, o MHC foi inaugurado em 1934, mas a ideia de um museu sobre o Rio de Janeiro surgiu nos anos iniciais da República. Em 1891, o intendente municipal Alfredo Piragibe solicitou ao Senado e à Câmara Municipal, o envio de objetos e obras de arte que fossem interessantes para compor o acervo de um museu sobre a história da cidade. A concretização veio apenas 43 anos depois, com a determinação de criação do Museu Histórico da Cidade a partir do decreto 4.989/1934, lançado pelo prefeito Pedro Ernesto e que retomava a ideia de Piragibe.
O MHC teve sede no Palácio da Prefeitura (na Praça da República, 1934) e na Praça Cardeal Arcoverde (1943), quando dividiu o prédio com o Museu Central Escolar. Entre 1941 e 1943, teve uma breve passagem pelo Parque da Cidade, mas foi em 1948, com o Parque reformado, que o Museu se instalou definitivamente no palacete que ocupa atualmente. A instituição desfrutou de grande prestígio ao longo da década de 1970, atraindo muitos visitantes interessados em seu acervo e na beleza arquitetônica de sua sede. As exposições e as programações educacionais e culturais, organizadas durante o século XXI, abriram debates que transitavam para além do acervo do MHC e chegaram até as transformações urbanas da cidade. Em 2010 o museu fechou para obras de restauração e reabriu para visitação em maio de 2021.
O museu é aberto de quinta à domingo e tem entrada gratuita. A localização não é tão acessível para quem vai de transporte público, exige uma boa caminhada ou uso de transporte particular. Mas ao chegar, o visitante pode acessar as coleções que passam pelas fotografias de Marc Ferrez e Augusto Malta; gravuras de Debret e Maria Graham; esculturas de Mestre Valentim; além de projetos de urbanização (como o projeto da Av. Central).