Magá, liderança comunitária da Rubens Vaz

Vilmar Gomes Crisóstomo, mais conhecido como Magá, nasceu em São Fidélis no interior do Estado do Rio de Janeiro, e veio para Maré, mais especificamente para o Parque Rubens Vaz com dois anos de idade, por volta de 1966. Ainda criança, Magá pegou água no rola-rola, teve suas brincadeiras de criança na favela, pião, pipa, bola.. e foi numa dessas, já adolescente, que Magá se envolveu com a luta comunitária junto com outros jovens para não destruírem o campo de futebol, que daria lugar a novas casas. Participando cada vez mais das lutas comunitárias, Magá se tornou presidente da Associação de Moradores do Parque Rubens Vaz. 

Para Magá, o que mudou na Maré para melhor é o crescimento do bairro:

Mercado, tudo, lojas… hoje não. Hoje a Maré cresceu muito. Hoje tem mercado, tem loja, tem tudo. Não precisa nem sair mais do bairro Maré, como se diz, Complexo da Maré. Não precisa sair.

Mas por outro lado, assim como muitos outros moradores ouvidos para essa exposição, Magá lamenta o cotidiano de violência que moradores são submetidos:

Essas operações violentas, violação de casas de moradores. A gente é sofrido, a gente sai pra trabalhar, deixa nossos filhos em casa, deixa nossos pertences e quando a gente chega, nossa casa está arrombada, está violada. É muita desordem dessa nossa segurança pública do estado do Rio de Janeiro.  Eu, como morador de favela, eu me sinto bem aqui, morando na minha comunidade. Me sinto bem porque é uma vida de 52 anos. Me sinto bem aqui, mais seguro aqui do que lá fora. Mesmo com essas dificuldades, eu me sinto melhor aqui do que lá fora.