A década experimental

O impacto do período mais agudo da ditadura civil-militar foi grande no meio das artes visuais no Brasil. Auto exílios (Rubens Gerchman, Lygia Clark, Hélio Oiticica e Antônio Dias, por exemplo, se estabelecem boa parte do período fora do país) e a censura desarticularam os movimentos coletivos que marcaram a década de 1950. Isso não impediu, porém, que no Rio de Janeiro artistas e críticos buscassem alternativas para seguir a relação da arte com o público. Ao mesmo tempo, uma nova geração de artistas envolvidos com outras linguagens – como o vídeo – e abordagens mais experimentais (instalações, performances e intervenções públicas) deram o tom de um período marcado pela tragédia do incêndio do Museu de Arte Moderna.