A invenção do contemporâneo

A partir dos anos 1980, as artes visuais passaram a conviver com as diversas práticas que surgiram nas décadas anteriores e que ampliaram para diferentes técnicas, meios e escalas a sua definição tradicional. Cada vez mais o termo “arte contemporânea” foi utilizado para definir um campo tão variado de propostas e trabalhos. Com a ampliação mundial dos mercados, a partir da globalização do fim de século e com a velocidade das redes e da cultura digital no século XXI, a arte contemporânea ganhou uma nova dinâmica internacional e novas instituições que dialogam com tais transformações.
No Brasil em particular, a redemocratização e a estabilização da moeda ampliaram essa virada contemporânea, retirando dos artistas locais o selo subdesenvolvido ou periférico e os inserindo em novas dinâmicas estéticas, em diálogo permanente com o mundo. No Rio de Janeiro, cresceram os números de ateliês, exposições, subversões e instituições que transformaram a cidade em uma das referências criativas do novo milênio.