Arte, política e mercado na década de 1960

Mesmo perdendo em 1960 sua condição de capital do país, o Rio de Janeiro seguiu como um dos epicentros criativos nacionais. O crescimento das tensões políticas durante o período da guerra fria internacional transformou as artes em um espaço de reflexão e engajamento. A politização que ocorria principalmente no âmbito do cinema, da música popular e do teatro, também atinge as artes visuais. Mostras e movimentos seguem ocorrendo em uma cidade com cada vez mais galerias e novos artistas. Em meio ao clima de autoritarismo que cresce ao longo dos anos, a pintura pop norte-americana, as novas técnicas ligadas ao design gráfico ou as primeiras performances públicas conviviam com uma busca por fazer da arte um meio mais popular em uma cidade cuja miséria econômica e a violência urbana cresciam cada vez mais.