Definitivamente carioca é um povo mais dado às batalhas do que à salvação. Não por acaso o santo que mais ouve preces, promessas e segredos é um santo guerreiro em nosso andor, guardado nos altares domésticos e carregado por multidões em romaria por ser gente como a gente. Também o Rio é terra daqueles que se foram sem ir de fato, sendo esses mortos ilustres venerados em seus jazigos e lembrados com sentimento de fé por seus devotos. E como estamos no Rio de Janeiro, um palco propício para devoção são os estádios de futebol, em especial o Maracanã, que guarda nome de lenda tupinambá e onde a fezinha pelo milagre, sob a forma de um golzinho salvador, reina.