Rio, capital do Império Brasileiro

Até o século XIX, as elites e as classes pobres se misturavam, majoritariamente, nas freguesias centrais da cidade: as elites nas freguesias próximas ao centro do poder político e os pobres nos locais mais afastados. Mas o adensamento populacional na região, aliado à expansão da cidade para áreas mais distantes, contribuíram para a migração das classes abastadas para a então distante zona sul. A partir da chegada da Missão Artística Francesa, o neoclássico começou a fazer parte do cenário das áreas nobres, enquanto as classes pobres conviviam nas áreas em que a miséria formava a paisagem. O discurso sanitarista – voltado para a salubridade e beleza – adquiriu expressividade ao longo do século e foi a partir dessas concepções que o espaço urbano começou a ser pensado.