Quem viu primeiro a Baía de Guanabara foi Gaspar de Lemos. O impacto da grandeza e o brilho do sol nas águas deslumbraram o navegador português em 1502. A perplexidade do achado talvez tenha bloqueado sua visão, fazendo com que ele imaginasse que a baía era um rio e lhe desse o nome de Rio de Janeiro, mês da descoberta.
Outros navegadores passaram por essas águas. Em 1519, Fernão de Magalhães confirmou que era uma baía e não um rio o que ele avistava e propôs então que fosse chamada de Baía de Santa Luzia. Em 1531, foi a vez de Martim Afonso de Sousa, que passou por aqui rumo à ilha de São Vicente – no atual estado de São Paulo.
Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil, em viagem para o sul, também maravilhou-se com a baía e, em carta ao rei de Portugal, disse que aqui deveria ser criada uma “povoação honrada e boa” e acrescentou: “tudo é graça o que dela se pode dizer” (1553).
Todas essas passagens foram deixando marcas na baía.
Foi nesse cenário deslumbrante que nasceu, em 1565, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.