Nascido no Rio de Janeiro, o empresário, jornalista, proprietário das Organizações Globo e colecionador de arte, Roberto Marinho (1904 – 2003), viveu ao longo de seis décadas no bairro Cosme Velho, em uma casa que, desde 2018, está aberta ao público. A sua construção se iniciou em 1939, pelo engenheiro César Melo Cunha. A arquitetura, de estilo neocolonial, foi inspirada no Solar de Megaípe, construção pernambucana do século XVII.
A casa possui um belíssimo jardim projetado por Burle Marx e cortado pelo histórico Rio Carioca. Foi palco de inúmeras reuniões promovidas pelo proprietário, que sempre foi ligado à cultura. Pixinguinha, Dorival Caymmi, Tom Jobim e Ângela Maria são alguns dos nomes na lista de personalidades que fizeram parte desses eventos. Além disso, como Roberto Marinho gostava de arte, colecionou diversas obras de artistas renomados. Fazem parte de seu acervo, por exemplo, quadros de Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Fernand Léger, Di Cavalcanti, Ismael Nery e Portinari.
Para se tornar um centro cultural, a casa da família Marinho passou por reformas e teve seu interior adaptado para a nova função. Contudo, a tradicional fachada rosa foi preservada e houve poucas modificações no ambiente externo, mantendo-se quase intacto. Inaugurado em 28 de abril de 2018, o Instituto Casa Roberto Marinho tem um acervo extremamente rico, com cerca de 1400 peças, além de realizar atividades educativas e exposições de curta duração. O espaço também conta com um café, uma biblioteca especializada em arte e sala de cinema.
🕛 Terça a Domingo, de 12h às 18h.
📍Rua Cosme Velho, 1105.
Este texto foi elaborado por Mayara Vasconcelos, professora de artes visuais e responsável pelo perfil @saosebastiaodoriodejaneiro no instagram.