Vinda da Paraíba com o marido, Dona Jozefa chegou na Maré no começo da década de 1970. Atuou pela Igreja Católica em diversas campanhas e ações no auxílio às famílias mais pobres da Maré. Dessa atuação, Dona Jozefa se tornou uma agente atuante da Pastoral de Favelas, ação da Igreja Católica que desempenhou papel fundamental na luta de moradores de favelas no processo de Redemocratização do Brasil nas décadas de 1970 e 1980.  Dona Jozefa falou sobre seus sentimentos sobre a Maré, onde criou os filhos e vive lá até hoje:

E eu, na minha casa, eu tenho essa tranquilidade. Minha casa tem uma varandinha, que quando eu não estou fazendo nada, eu fico na varanda olhando quem vai e quem vem. Hoje eu moro sozinha, eu e Deus. 

O Parque União e o Complexo da Maré, para mim, é minha vida, hoje. Eu não tenho vontade nenhuma de sair de lá. Porque na minha rua eu me sinto segura, eu não vejo nada que me amedronte na minha rua. Então eu fico tranquila, apesar de viver em casa… depois da pandemia eu me tranquei dentro de casa… esta noite eu estava refletindo e pensando… mas só Deus para dar a paciência da gente não pirar. Porque eu vivo em casa sozinha, meu filho que vai lá, o meu outro filho também… mas a minha tranquilidade, para mim hoje, a Maré é tudo. Não tenho vontade nenhuma de sair de lá.