Autoras: Angélica Alves de Mautas de Andrade, Anna Luiza de Souza Gonzaga, Ashley Avelino Borges e Carina Freitas Dias
No bairro de Marechal Hermes, em 25 de fevereiro de 1980 foi fundada a Escola Técnica Estadual Oscar Tenório (ETEOT). A escola, que antes tinha um vínculo com a Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC), atualmente é mantida pela Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC) – órgão vinculado à Secretaria de Estado de ciência de tecnologia do Rio de Janeiro. A escolha do nome da escola foi uma forma de homenagear o desembargador Oscar Accioly Tenório.1
Em 2002, a FAETEC de Marechal Hermes se tornou notícia em alguns jornais – como o Jornal do Brasil – após doar cerca de 270 quilos de alimento para a campanha “Natal sem fome”. Em 2005, o campus retornou aos jornais, mas por outros motivos: em junho, a ETEOT e a ETEVM foram manchete no Jornal do Brasil, que denunciava: “Escola Técnica Abandonada”. Isso porque alunos e professoras foram a público fazer reclamações contra a infraestrutura das unidades. No mesmo ano, a FAETEC de Marechal Hermes foi citada nos jornais Tribuna da Imprensa e Jornal do Comércio, na lista das bandas que se apresentariam no Festival de Bandas Nacionais, na sala Cecilia Meireles.2
Para compor este trabalho, fizemos algumas entrevistas com alunos, professores e inspetores. As perguntas foram as seguintes:
1. Há quanto tempo você estuda/trabalha na FAETEC de Marechal Hermes?
2. Quanta coisa mudou ao longo desse tempo?
3. Qual o momento mais marcante (engraçado, emocionante, triste etc.) que você passou na FAETEC de Marechal Hermes?
4. O que você gostaria que mudasse aqui na FAETEC de Marechal Hermes?
5. O que você mais gosta de fazer na FAETEC de Marechal Hermes?
Entrevistamos os alunos Ana Clara da Silva Macêdo (3 anos na escola), Hevelym Jamily Sabino Rodrigues (6 anos de FAETEC escola), Rafael Aleixo de Melo (3 anos na FAETEC) e Bruno Lemos Sant’ana (3 anos na FAETEC).
Os estudantes relataram que a estrutura da escola e as pessoas que trabalhavam lá mudaram com o tempo. Alguns momentos marcantes foram as feiras técnicas, as festas e um dia em específico, que choveu muito e, depois do horário da aula, a Ana Clara não conseguia sair de Marechal porque o túnel do trem estava alagado e não tinha como passar. Nos contaram que gostam de estar com os amigos na escola.
Nossa segunda entrevistada foi Cláudia Maria Campinha dos Santos, professora de bioquímica e microbiologia. Ela entrou na FAETEC no primeiro concurso, em 1998. A professora relatou que houveram muitas mudanças na estrutura da escola desde a sua chegada. Seus colegas de trabalho também mudaram, ao longo do tempo. Muitos não estão mais na escola por conta de aposentadorias e falecimentos.
Sua vida acadêmica passou por uma grande evolução de estudos e treinamentos, pois no início da carreira tinha a graduação completa e, atualmente, tem pós-doutorado. Cláudia ainda relatou que houve diversos momentos marcantes, como a homenagem do terceiro ano de análises clínicas, as formaturas – que sempre são marcantes.
O que ela gostaria que mudasse no campus é o cuidado com a parte externa e a abertura do portão lateral da escola, para que não haja necessidade de caminhar por todo o espaço para chegar na Oscar Tenório, além de mais segurança.
A professora relatou, também, que a direção é ótima: se preocupa com o cuidado da escola para que esteja bonita e bem arrumada. O que ela mais gosta de fazer é realizar seu trabalho e suas pesquisas, e também gosta do convívio com os alunos e professores.
Nossa terceira entrevista foi com a Ana Liz – que está na escola há 16 anos e trabalha na xerox e nos serviços gerais -, com a Jurema – funcionária há 24 anos – e a Alzenir – que trabalha na ETEOT há 6 anos. Jurema e Alzenir são inspetoras da escola.
As entrevistadas relataram que muita coisa mudou, e para melhor, como por exemplo a estrutura interna e externa da escola, o comportamento dos alunos com o cuidado ao patrimônio escolar e a construção da rampa para alunos cadeirantes.
Para elas, alguns momentos marcantes foram as comemorações, festas, feiras técnicas, as visitas técnicas – que são muitos bem organizadas pela professora e coordenadora do curso de análises clinicas, Regina Reis – e as interações que têm com os alunos.
Apontaram uma feira técnica especificamente, em que os alunos de informática fizeram uma bengala para ajudar pessoas com baixa visão, após observarem um funcionário com essa necessidade especial. Também lembraram dos alunos de administração que prestam serviços para a própria FAETEC em período de estágio, e de alguns momentos tristes, como a perda da professora Cleide.
Quanto às mudanças, apontaram evoluções como a rotina dos inspetores, adaptação de ar condicionado que agora temos, a cozinha – que foi um benefício para quem vem do estágio -, laboratório de gerência, os 4 laboratórios… tudo o que auxilia os alunos.
1Texto criado a partir da matéria ETEOT. Escola Técnica Estadual Oscar Tenório. Disponível em: <https://www.eteot.rio.br/eteot/>. Acesso em: 23 de nov. 2021
2Texto criado a partir da matéria Campus Marechal Hermes Disponível em: <https://www.eteot.rio.br/campus-marechal-hermes/>. Acesso em: 23 de nov. 2021