Monumento a São Sebastião – Praça Luís de Camões – Glória

Ouça a história de São Sebastião.

Instalada na praça Luís de Camões, no bairro da Glória, e executada pelo escultor niteroiense Dante Croce, uma estátua de 7 metros de altura homenageia o padroeiro da cidade – São Sebastião. 

São Sebastião é o padroeiro da cidade do Rio desde a sua fundação, quando Estácio de Sá aportou na Baía de Guanabara e mandou construir uma capela em homenagem ao santo.  Além de devoto de São Sebastião, com sua escolha, Estácio de Sá prestava também uma homenagem  ao jovem monarca de Portugal, Dom Sebastião, que nasceu no mesmo dia que São Sebastião (20 de janeiro).

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https://www.appai.org.br/a-forca-historica-de-sao-sebastiao/

Conta-se que em julho de 1566, durante a Batalha das Canoas, uma aparição do santo católico empunhando uma espada teria auxiliado a vitória lusa contra a aliança franco-tamoia. Além disso, foi no dia de São Sebastião que os portugueses expulsaram definitivamente os franceses do Rio de Janeiro, após vencerem a Batalha de Uruçumirim em 20 de janeiro de 1567 – no mesmo local onde a estátua está instalada. Coincidentemente, foi durante esse combate que Estácio de Sá foi ferido por uma flecha envenenada que causou sua morte algumas semanas depois. Seu corpo foi enterrado na mesma capela que criara no período da fundação da cidade. As flechas também são parte importante da história do santo que, apesar de usualmente ser representado com o corpo cravejado por elas, morreu por espancamento no século III.

De origem francesa e nascido no ano 256, Sebastião foi ainda criança para Milão. Quando jovem, alistou-se no serviço militar romano, chegando ao posto de capitão da Guarda Pretoriana – responsável pela guarda pessoal do imperador. Nessa época, o cristianismo era proibido e os cristãos, perseguidos. Sebastião era cristão e se valia de seu posto para levar conforto aos prisioneiros que professavam a mesma fé. Porém, foi descoberto pelo imperador Diocleciano que ordenou sua morte por flechadas. Sebastião sobreviveu e foi socorrido por uma cristã – que viria a ser canonizada como Santa Irene de Roma. 

Irene de Roma e São Sebastião (Óleo sobre tela) Dirck van Baburen, 1615

Após a recuperação, dirigiu-se novamente ao imperador para interceder pelo fim dos ataques aos cristãos. Diocleciano ignorou as suas súplicas e, inclemente,  ordenou que Sebastião fosse morto por espancamento e seu corpo fosse jogado nos esgotos da cidade.

O martírio de São Sebastião fez com que ele fosse  aclamado como santo pela multidão de cristãos que assistiram à sua morte. Entretanto, a canonização oficial aconteceu somente no século IV, após o imperador Constantino (306-337) conceder liberdade de culto ao cristianismo. 

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https://oglobo.globo.com/rio/monumento-sao-sebastiao-passa-por-revitalizacao-tera-iluminacao-especial-20799599

O monumento da praça Luís de Camões foi inaugurado no ano em que se comemorou o IV Centenário de fundação da cidade, em 1965. A ideia era que a inauguração ocorresse em 20 de janeiro – dia de São Sebastião. Porém, na ocasião, um molde de gesso com metade do tamanho da estátua oficial substituiu a escultura que, por conta de um atraso na conclusão, foi instalada meses depois.