Apenas uma alameda e a faixa de areia separavam a entrada da Igreja de Santa Luzia, no centro do Rio, e as águas tranquilas da praia de mesmo nome, talvez o primeiro trecho de orla a ser usado como balneário pelos cariocas. Primeiro, vieram os banhos terapêuticos, como costume em séculos passados; só mais tarde, a praia passou a ser destino de lazer, recebendo até as pequenas construções chamadas “casas de banho”. No começo do século XX, também foi palco para competições de esportes aquáticos como o remo.
Hoje, quem passa em frente ao templo católico nem imagina como era diferente aquela paisagem. Com o desmonte do morro do Castelo, no entorno, e o aterramento que deu origem à esplanada do Castelo, a praia de Santa Luzia foi desaparecendo.
Seu sumiço se completou com o processo de construção do aterro do Flamengo. O que era praia hoje é um conjunto de avenidas: a Franklin Roosevelt e a Beira-Mar.