Sua ousadia era tamanha que, até hoje, mais de 50 anos após ser publicada sua última edição, a Revista Senhor ainda tem uma legião de fãs e é referência na forma de pensar projetos gráficos no Brasil. Publicação que marcou a vida cultural do país, fez desfilarem por suas páginas nomes como Otto Maria Carpeaux, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Antonio Callado, Antônio Maria, Sérgio Porto, Carlos Heitor Cony. Clarice Lispector e Guimarães Rosa publicavam contos. Jorge Amado também colaborava com ficções. Traduções inéditas de autores estrangeiros brilhavam nas edições.

Paulo Francis era editor assistente, Carlos Scliar era diretor de arte e Jaguar cuidava dos cartuns. Ivan Lessa, que foi redator, a definiu certa vez como “uma mistura assim de Esquire [revista americana para o público masculino], New Yorker e Playboy“. Não à toa, a revista encerrou suas atividades no mesmo ano em que a Ditadura Militar se instaurou no país: 1964.