Buzina. Um instrumento composto por um pequeno balão de borracha, unido a uma trombeta de metal retorcido, que produz um som forte, mas que não consegue por si só fazer o trânsito andar mais rápido. Pelo menos ainda. Os cariocas são conhecidos nacionalmente pelo seu (mau) comportamento no trânsito. São estressados. O sinal está prestes a fechar e… “Beeep Beeep”.
As buzinadas se misturam ao ranger dos motores, às freadas repentinas dos pneus de borracha no asfalto. E mais. Nas áreas que circundam os aeroportos Santos Dummont e Galeão, temos ainda o ruído dos aviões que decolam e aterrissam na Cidade Maravilhosa. Dentro dos metrôs, os passageiros já estão acostumados à voz que anuncia a chegada nas estações, as possíveis integrações e a indicação de em qual lado deve ocorrer o desembarque — não apenas em português, mas também num inglês amaciado pelo sotaque carioca.
Grupos de músicos se apresentam nos vagões, palmas e gritos entusiasmados, vez ou outra, atravessam a viagem. Do lado de fora, sabemos que o metrô está passando, quando ouvimos o som metálico típico do chiar dos trilhos. O mesmo ruído remete à chegada do trem na estação. Nuances de uma poluição sonora que, à sua maneira, já se incorporou à profusão de sons que emana das ruas do Rio.