Autoras: Manuela Roberta, Marina Julia e Amanda Rocha
História de São Cristóvão
Conhecido como o “Bairro Imperial do Rio de Janeiro”, São Cristóvão é uma região de suma importância para a Cidade Maravilhosa. São Cristóvão começou a se destacar em 1810, quando o príncipe-regente Dom João VI adotou o Paço da Quinta da Boa Vista como residência oficial. Antes disso, a região que virou bairro era extremamente natural, com praias e área verde.
A chegada da Família Real provocou uma série de transformações. Entre elas, a instalação de iluminação pública. Após isso, a nobreza mudou-se para São Cristóvão. A famosa Marquesa de Santos foi uma das nobres que foi morar no bairro.
Muitos foram os acontecimentos marcantes para o país que ocorreram em São Cristóvão. A Família Real morou lá por anos, Dom Pedro I viveu lá e seu filho, Pedro II, governou (de sua residência no bairro) o Brasil por quase 50 anos”, destaca o historiador Maurício Santos.
A primeira linha de telefone da América do Sul tinha central em São Cristóvão. Isso se deu durante o governo de Dom Pedro II. O imperador inaugurou, também, o Observatório Nacional do Rio de Janeiro, um centro de estudos avançados em astronomia que ainda hoje é um dos principais espaços dedicados à ciência no Brasil.
Já no século XX, São Cristóvão passou a ter uma intensa atividade industrial. Chegou a ser considerado o bairro mais industrializado da América do Sul.
Mesmo hoje em dia, São Cristóvão segue crescendo e se desenvolvendo. Atualmente é o comércio quem dita o ritmo da economia do bairro. Muitos dos antigos casarões do período imperial são utilizados como lojas.
História do Museu Nacional
A mais antiga instituição científica do Brasil e um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas fica no Rio de Janeiro, mais precisamente na Quinta da Boa Vista. Trata-se do Museu Nacional.
Em 1892, o palácio, que foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no ano 1938, se tornou o museu que é até os dias atuais.
No ano 1946, o Museu passou a ser administrado pela então Universidade do Brasil, atual UFRJ. Em junho de 2018, completou 200 anos de história e foram realizadas festividades no local por conta disso. O Museu Nacional abrigava, até então, mais de 20 milhões de peças em seu acervo que foram perdidas no incêndio do dia 2 de setembro de 2018. Um triste episódio para a história do nosso país.
Em julho de 2020, a Polícia Federal concluiu que o incêndio começou em um aparelho de ar condicionado do museu e descartou conduta criminosa.
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresentaram novos resultados da busca por peças históricas. Dia 01/09 de 2020, foram reveladas nove peças resgatadas da coleção de Arqueologia Clássica da instituição. As peças foram recuperadas durante escavações.
A história segue viva.
Bio Parque, antigo Jardim Zoológico
Depois de viajar a Paris, na década de 1870, o empresário João Batista Viana Drummond ficou impressionado com o urbanismo daquela capital na época e, na qualidade de amigo do imperador Dom Pedro II, adquiriu a antiga Fazenda dos Macacos (no atual bairro de Vila Isabel) à princesa Isabel por 120 contos de réis em 1872. Ali ele instalou um zoológico.
Com o passar dos anos, no entanto, com o início da República e diante das dificuldades, o antigo zoológico viu-se obrigado a fechar suas portas – o que ocorreu, de fato, na década de 1940.
Em 18 de março de 1945, o Rio de Janeiro ganhou um novo jardim zoológico, inaugurado pelo então presidente Getúlio Vargas, no parque da histórica Quinta da Boa Vista, residência da Família Real Portuguesa e da Família Imperial Brasileira, junto ao Museu Nacional do Brasil.
Em 1985, ligado à Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, a mudança proporcionou maior agilidade administrativa, promovendo um processo de modernização que transformou a instituição em um respeitado centro de pesquisas e educação ambiental, que foi reconhecido em todo o país e no exterior.
Desde outubro de 2016 o Zoológico esta sendo administrado por uma empresa privada reconhecida por sua expertise na gestão de atrativos naturais, de conservação, educação e pesquisa.
Localizado no coração da Quinta da Boa Vista, o Zoológico do Rio tem uma área de 55 mil metros quadrados e um plantel de cerca de 800 animais, entre aves, primatas, répteis, peixes e felinos.
Curiosidades
1-Existe uma alameda com diversas palmeiras que, na verdade, tem um nome que foi dado em homenagem a um animal emblemático que viveu no antigo Jardim Zoológico: é em homenagem ao Macaco Tião! Ele foi um animal muito famoso que viveu no antigo zoológico e era conhecido por atirar coisas nos visitantes. Seu nome “Tião” era uma homenagem ao padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, São Sebastião. Em 1988, ele foi lançado como candidato à prefeitura do Rio, como forma de protesto, e recebeu 400 mil votos!
2-Tem um animal que é tão famoso que foi utilizado como modelo para a ilustração que aparece em uma cédula de dinheiro, a Gabi foi modelo para a onça-pintada que vemos na nota de 50 reais!
Memórias
Marina: “Em 2016 participei de uma corrida beneficente no antigo zoológico. Uma corrida de 5km inesquecível, pois foi a minha primeira participação em uma corrida e a primeira de muitas. Eu pude explorar todo o parque e ao mesmo tempo observar todos os animais de perto. O dia foi muito descontraído, tirei várias fotos fazendo careta. O melhor foi ganhar uma medalha que guardo com todo carinho até hoje.”
Unicirco – Marcos Frota
o circo ocupa uma posição privilegiada entre todas as formas de diversão existentes. Mesmo em tempos de rádio, TV e internet essa antiga arte ainda atrai a atenção de muitos espectadores.
Apresenta grande variabilidade de atrações e o campo é rico de referências culturais utilizadas. Por isso, mais de 25 anos de história marcam o picadeiro do Unicirco Marcos Frota, que fica no Parque Estadual da Quinta da Boa Vista.
O projeto é concebido e desenvolvido pelo ator e trapezista Marcos Frota. O circo não traz somente a arte a quem visita o espaço, mas sim conhecimento e aprendizagem para todos que trabalham e que fazem parte do universo circense.
São realizadas atividades pedagógicas para as comunidades através de núcleos artísticos e sociais. Além disso, trabalha-se com a inclusão de pessoas com deficiência, tendo atualmente na equipe artistas cadeirantes e com paralisia cerebral.
Vale lembrar que o projeto no picadeiro é ecologicamente correto, com a presença de animais ficando descartada nas apresentações. Para Marcos Frota, além do lado social, o Unicirco traz outro benefício para a cidade: o da luta pela revitalização e valorização da Quinta da Boa Vista como patrimônio público carioca. “A Quinta é um dos mais importantes parques de lazer da América Latina. Uma construção histórica, dos tempos do Império. Por isso nos instalamos aqui. Nós militamos pela preservação de toda a área, em sintonia com o poder público. É a nossa maneira de mostrar amor ao Rio”, declara o ator.
Professoras: Elisabete Ferreira e Helen Padilha