Arte e República

Com o advento da República em 1889, as artes visuais no Rio de Janeiro passam a fazer parte de um novo momento histórico, em que a cultura visual da cidade se adapta às novas demandas urbanas da nascente metrópole tropical. Apesar da continuidade nos padrões oficiais do ensino acadêmico, a Escola Nacional de Belas Artes se torna espaço de intensas disputas estéticas e políticas. Modernos, classicistas, positivistas e “futuristas” são os novos personagens que formam um campo de trabalho em expansão. Ao lado das primeiras galerias e da formação ainda incipiente de um mercado de arte, as revistas ilustradas e a evolução de artistas gráficos ampliam o acesso da população à produção de imagens no interior de uma cultura de massas. O advento do chamado modernismo incorpora uma série de novas informações oriundas das vanguardas europeias e transforma definitivamente o papel da arte e de artistas na capital federal republicana.