No início do século XX, a pretensão de tornar o Rio de Janeiro uma “grande capital europeia” se consolidou, com a chegada de Francisco Pereira Passos à prefeitura do Distrito Federal. O engenheiro, que participou dos debates acerca da “civilização” da cidade desde o final do século anterior, foi o responsável pelas transformações na região central, que conferiram ao Rio o status de “Paris nos Trópicos”. A abertura da avenida Central, a construção do Theatro Municipal e dos edifícios da Biblioteca Nacional e da Escola de Belas Artes estabeleceram o art nouveau e a arquitetura eclética na capital que, a despeito de todas as tentativas de civilização, ainda convivia com a miséria e os costumes compreendidos – pela elite – como símbolos do atraso.